segunda-feira, 5 de março de 2012

O Imigrante






Um dos maiores artistas do século XX, Charles Chaplin é, ainda hoje, o maior símbolo do cinema. O cinema de Chaplin tinha um alcance impressionante, sua pantomina mais sutil que o convencional, seu carisma e seu talento para a criação de cenas acabaram lhe dando o prestígio de ser o homem mais famoso do mundo em 1918.

Chaplin superou as dificuldades de sua infância pobre, passou pelos palcos de vaudeville, com números cômicos nos Estados Unidos, até chegar ao cinema. Com sua experiência na comédia, o jovem ator obteve rápido sucesso nas produções do estúdio de Mack Sennet.

O Vagabundo, o personagem da maioria de seus filmes, sofre com os problemas da pobreza, coisas que ele viveu intensamente como a fome e o tratamento abusivo da polícia. “Quando Chaplin entrar na Keystone para rodar “filmes de perseguição”, correrá mais rápido e mais longe que seus colegas do music-hall, pois, embora não fosse o único cineasta a descrever a fome, foi o único a conhecê-la, e isso é o que iriam perceber os espectadores do mundo inteiro quando os filmes começaram a circular a partir de 1914.” – François Truffaut no prefácio do livro Chaplin de André Bazin.

Em O Imigrante, de 1917, Chaplin narra a viagem e a chegada, não muito calorosa, dos passageiros de um navio que vinha para Nova York. A clássica ilusão do imigrante que foge da pobreza para uma terra de oportunidades. Em uma das cenas o intertítulo anuncia: “The arrival in the land of liberty”, depois é exibida uma imagem da Estátua da Liberdade, e logo em seguida o Vagabundo e os outros passageiros são amarrados. A crítica social e a ironia, sem esquecer a comédia e o romance.



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