terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Maranhão 66


Dois anos depois do golpe de 64 duas célebres figuras públicas do cenário nacional se encontram num comício político. De um lado o recém-eleito governador, José Sarney; Do outro um dos mais famosos e polêmicos cineastas brasileiros, Glauber Rocha. José Sarney, prestes a iniciar o reinado de sua família nas terras do Maranhão, resolve contratar o diretor, que no momento desfrutava de destaque internacional conquistado com o filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, para produzir um filme sobre sua posse como governador.

Enquanto o governador enumera com grande eloquência os problemas do estado e ilude a todos com suas promessas, o filme exibe com grande força as imagens do Maranhão doente, pobre e abandonado.

O filme é o que qualquer um esperaria de Glauber: um retrato sobre a situação do Maranhão.Os problemas são representados de forma tão crua e simples que chega a ser agressivo. Mas, o mais absurdo é pensar que José Sarney esperava algo mais ameno.

A experiência do cineasta durante as filmagens serviu como uma das inspirações para a realização de “Terra Em Transe”, uma de suas maiores obras.

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