segunda-feira, 11 de março de 2013

Stop Motion.

Making of de ParaNorman, 2012

Para não me repetir (ainda mais) sobre o assunto stop motion, optei por incluir no post três autores que usam a técnica como base de seu trabalho, estão em atividade atualmente e sempre me impressionaram.

Atualmente desgastada, mas sem perder seu prestígio, a técnica de stop motion sempre impressiona o público, principalmente quando o processo de execução é esclarecido. Aparentemente inovadora, a técnica é uma espécie de engenharia reversa do conceito básico de imagem cinética: são sequências de fotografias com pequenas alterações de movimentos. Quando usada com atores reais, o stop motion reduz a projeção e move os atores de formas não convencionais, evidenciando o uso da técnica e renegando a ilusão de movimento natural da imagem cinética. Mas na maioria das vezes o recurso é utilizado com bonecos ou objetos inanimados, que então se tornam personagens ou são usados como efeitos visuais. A técnica ganhou espaço nos longas infantis com grandes produções como O Estranho Mundo de Jack, Fuga das Galinhas e os mais recentes ParaNorman e Frankenweenie.

  
Como foi dito, a técnica em si existe desde a origem do cinema, e por isso já foi usada por diversos realizadores. Nos tempos do chamado cinema primitivo, o diretor espanhol Segundo De Chomón já explorava o stop motion em seus filmes. Um dos percussores da técnica na animação, Ladislas Starevitch já animava insetos mortos em 1911. Outro grande autor do leste europeu, Jan Svankmajer desenvolveu boa parte de seu trabalho a partir do stop motion, mesclando pessoas e objetos e criando atmosferas surreais. 

PES


Na recente última edição do Oscar, Adam Pesapane (PES), um animador francês, discípulo do stop motion, concorreu ao prêmio de melhor curta-metragem de animação. PES cria filmes curtos, com cerca de um minuto e meio, utilizando utensílios domésticos, ferramentas, comidas e outros objetos como personagens e cenário. Seu filme, Fresh Guacamole é o filme mais curto a ser indicado na história do Oscar. Todos seus filmes estão disponíveis no seu canal do Youtube, PES Films.

                 

BLU


BLU é um grafiteiro italiano de renome internacional. Seu trabalho sempre questionador e combativo, se apresenta geralmente em pinturas de grande escala nos muros das cidades.  Talvez ele não tenha sido o primeiro a usar o stop-motion em pinturas desse tipo, mas é impressionante o modo como seu estilo, já tão forte como imagem estática, se desenvolve nas transformações que conduzem os filmes. Suas obras estão disponíveis no site BLU.

                     

Lúcia y Luis



Criados para compor uma instalação mista de vídeo e artes plásticas, os dois filmes foram dirigidos por Joaquin Cociña, Niles Atallah e Cristobál Leon. As duas narrativas agem de forma complementar e contam de diferentes pontos de vista uma história trágica de amor e terror. Os filmes são narrados por vozes infantis que sussurram os acontecimentos que são ilustrados pelos movimentos do quarto e por desenhos na parede.


                    

                    

Nenhum comentário:

Postar um comentário