Making of de ParaNorman, 2012
Para
não me repetir (ainda mais) sobre o assunto stop motion, optei por incluir no
post três autores que usam a técnica como base de seu trabalho, estão em
atividade atualmente e sempre me impressionaram.
Atualmente
desgastada, mas sem perder seu prestígio, a técnica de stop motion sempre
impressiona o público, principalmente quando o processo de execução é
esclarecido. Aparentemente inovadora, a técnica é uma espécie de engenharia
reversa do conceito básico de imagem cinética: são sequências de fotografias
com pequenas alterações de movimentos. Quando usada com atores reais, o stop motion
reduz a projeção e move os atores de formas não convencionais, evidenciando o
uso da técnica e renegando a ilusão de movimento natural da imagem cinética.
Mas na maioria das vezes o recurso é utilizado com bonecos ou objetos inanimados,
que então se tornam personagens ou são usados como efeitos visuais. A técnica
ganhou espaço nos longas infantis com grandes produções como O Estranho Mundo
de Jack, Fuga das Galinhas e os mais recentes ParaNorman e Frankenweenie.
Como foi dito, a técnica em si existe desde a origem do cinema, e por isso já foi usada por diversos realizadores. Nos tempos do chamado cinema primitivo, o diretor espanhol Segundo De Chomón já explorava o stop motion em seus filmes. Um dos percussores da técnica na animação, Ladislas Starevitch já animava insetos mortos em 1911. Outro grande autor do leste europeu, Jan Svankmajer desenvolveu boa parte de seu trabalho a partir do stop motion, mesclando pessoas e objetos e criando atmosferas surreais.
PES
BLU
BLU
é um grafiteiro italiano de renome internacional. Seu trabalho sempre questionador
e combativo, se apresenta geralmente em pinturas de grande escala nos muros das
cidades. Talvez ele não tenha sido o
primeiro a usar o stop-motion em pinturas desse tipo, mas é impressionante o
modo como seu estilo, já tão forte como imagem estática, se desenvolve nas
transformações que conduzem os filmes. Suas obras estão disponíveis no site BLU.
Lúcia y Luis
Criados
para compor uma instalação mista de vídeo e artes plásticas, os dois filmes
foram dirigidos por Joaquin Cociña, Niles Atallah e Cristobál Leon. As duas
narrativas agem de forma complementar e contam de diferentes pontos de vista
uma história trágica de amor e terror. Os filmes são narrados por vozes
infantis que sussurram os acontecimentos que são ilustrados pelos movimentos do
quarto e por desenhos na parede.
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