Na década de 20, auge do cinema mudo, o gênero cômico se destacava por sua popularidade e seus grandes representantes. No entanto, poucos desses nomes sustentaram sua popularidade até os dias atuais, foram, em sua maioria, eclipsados por Charles Chaplin e seu cinema cômico-dramático-social. Entre os palhaços do cinema mudo, alguém que pôde rivalizar com Chaplin em qualidade foi Buster Keaton. Com sua expressão impassível, Keaton conduzia gags físicas de alto risco, praticamente sem auxílio de efeitos, o que gerava espanto e diferenciava seu cinema. Raramente sofria lesões durante as filmagens, o que lhe rendeu apelidos como "The Little Boy Who Can't Be Damaged" ( O garoto que não pode ser ferido). Apesar de talentoso e popular, Keaton não se adaptou tão bem ao cinema falado, e depois de assinar um contrato com a MGM em 1928, se viu podado pelo estúdio que o impedia de realizar suas acrobacias e atava sua liberdade criativa. Sua carreira no cinema declinou lentamente, mas sua atuação nunca cessou completamente. Keaton apresentou um programa de televisão nos anos 50 e realizou aparições em filmes como Crepúsculo dos Deuses (Billy Wilder) e Luzes da Ribalta (Charles Chaplin), ambos filmes que retratavam o saudosismo do cinema mudo.
Luzes da Ribalta, Charlie Chaplin, 1952Em The Paleface, Buster Keaton encontra uma aldeia indígena enquanto caçava borboletas, os índios - que haviam sido ameaçados de despejo e tiveram um de seus mensageiros raptados por barões do petróleo que almejavam suas terras, o que motivou uma postura hostil contra o homem branco - perseguem o invasor cara-pálida para se vingar. Depois de provar seu valor sobrevivendo à uma fogueira, Keaton se alia aos índios para proteger a aldeia.
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